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A Suíça brasileira

A cidade que conhecemos hoje por Nova Friburgo foi berço do primeiro movimento migratório organizado de europeus não-portugueses para o Brasil. A vinda de imigrantes suíços para a Colônia do Morro Queimado, onde é hoje Friburgo, em 1819, abriu precedentes para a vinda de alemães, espanhóis e italianos em seguida, na segunda metade do século XIX. 

Desde a "descoberta" do Brasil, a 22 de abril de 1500, Portugal se preocupava com o povoamento de sua maior colônia, com medo de que os espanhóis a invadissem e dela se apossassem. A colonização foi feita livremente, predominando sempre a quantidade em detrimento da qualidade, devido à necessidade de muitos braços para os trabalhos na nova terra.

Já no século XIX, o Rei de Portugal, Dom João VI, querendo uniformizar o sistema de colonização do Brasil, firmou um acordo com a Confederação Suíça, a respeito de uma imigração de colonos suíços para essas terras. Em 1818, o rei assinou o decreto que determinava a imigração suíça para o Brasil. Inicialmente, a colônia seria instalada na Fazenda de Santa Cruz, lugar encharcado e de clima quente, mas o local logo foi trocado pela Fazenda do Morro Queimado, um lugar alto e de clima frio, bem mais ameno para os suíços, acostumados com baixas temperaturas.

A Fazenda do Morro Queimado era um terreno montanhoso e pedregoso, regado pelos rios Bengalas e Cônego, que nascem dos rios Canudos e do Queimado e confluem no Rio Grande, que deságua no Paraíba. Produzia milho, feijão, trigo, centeio, batatas, frutas tropicais. De clima salubre, a temperatura chegava no máximo aos 19 graus no verão e chegava a zero grau no inverno.    

Inúmeras foram as famílias desejosas de refazer a vida no Novo Mundo: ao invés das cem famílias com oito pessoas cada, que eram previstas, vieram da suíça 1083 adultos e 120 crianças menores de três anos. A eles juntaram-se outros indivíduos de outras nacionalidades, totalizando aí 2003 colonos. Sete navios partiram para o Brasil em 1819. A dura viagem sepultou no Atlântico 213 imigrantes, mas nasceram também algumas crianças. Aportaram naquele mesmo ano, no Rio de Janeiro, 1682 pessoas, formando ao todo 261 famílas - 161 a mais do que o planejado.

Várias foram as dificuldades enfrentadas pelos colonos: a configuração acidentada das terras, que conferia-lhe grande dificuldade para o plantio; o número elevado de pessoas; a deficiência das acomodações; a anarquia administrativa; e a distância da capital. Aos poucos, os colonos foram abandonando a Colônia do Morro Queimado, e outros chegados por último, ao saberem dos problemas na colônia, ficaram no Rio de Janeiro. Alguns deslocaram-se em direção às nascentes, formando os povoados de Lumiar, São Pedro da Serra, Boa Esperança, Benfica e outros. Nova Friburgo ficou quase deserta: vários indivíduos saíram da colônia em busca de terras mais férteis e de mais fácil locomoção.

A 13 de janeiro de 1820 a Colônia do Morro Queimado foi elevada à categoria de vila, passando a se chamar Vila de Nova Friburgo. O nome, de origem suíça, significa "cidade livre" e foi uma homenagem à grande maioria dos colonos vindos do cantão suíço de Fribourg. Apesar disso, a ex-fazenda continuou a sofrer um retrocesso pela falta de braços para lavoura. Dessa forma, resolveu-se enviar para Friburgo uma leva de imigrantes alemães que se achava alojada em Niterói, sem destino determinado. Cerca de 284 imigrantes germânicos se estabeleceram na vila em 1824. Posteriormente foram chegando italianos, libaneses e outros.
 
 
 
 

Por Luciana Sodré Spitz Brito.

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Praça Demerval Barbosa Moreira, no Centro de Friburgo (com a Igreja Matriz ao fundo), na década de 40.